
VEREADORES DA BASE VOTAM CONTRA O POVO E AINDA VÃO À JUSTIÇA CONTRA PRESIDENTE DA CÂMARA
Uma nova tensão política marca os corredores da Câmara Municipal de Pouso Alegre. Após rejeitarem três requerimentos que propunham levar sessões da Câmara para os bairros Faisqueira, Pantano e Massaranduba, oito vereadores da base do prefeito Cel. Dimas (Republicanos) decidiram acionar judicialmente o Presidente da Casa, Dr. Edson (Republicanos).
A ação, protocolada nesta semana, alega que o Presidente utilizou os canais oficiais da Câmara para expor os parlamentares de forma negativa, ultrapassando, segundo os autores, os limites institucionais e configurando uso político da estrutura pública.
Sessões nos bairros rejeitadas
A votação que gerou a polêmica envolvia propostas que buscavam aproximar o Legislativo da população por meio de sessões itinerantes. A ideia era ouvir as demandas diretamente nos bairros, promovendo diálogo entre moradores e vereadores.
A base governista, no entanto, rejeitou os três requerimentos, impedindo a realização das sessões. A decisão gerou descontentamento entre os moradores das regiões afetadas, que se sentiram rejeitados pela votação.
Nos bairros Faisqueira, Pantano e Massaranduba, a insatisfação foi evidente, especialmente no Faisqueira, onde o empresário Marcos Melo Frade apontou problemas como obras inacabadas e os transtornos provocados pelas chuvas. “A comunidade esperava ser ouvida com essa oportunidade, e agora se sente decepcionada”, afirmou.
A negativa às sessões itinerantes alimentou um clima de frustração nas redes sociais, com moradores manifestando a esperança frustrada de ter suas necessidades atendidas pelos vereadores. Logo após a decisão, a presidência da Câmara publicou um vídeo nas redes sociais da instituição lamentando a rejeição. No conteúdo, Dr. Edson afirmou que “a população foi deixada de lado” e prometeu seguir visitando os bairros para ouvir os cidadãos, mesmo sem apoio da maioria.
Justiça acionada por vereadores
Na ação, os oito vereadores pedem que o Presidente se abstenha de publicar conteúdos similares nos perfis oficiais da Câmara e solicitam a retirada imediata dos vídeos e postagens já publicados. A alegação central é de que houve personalização do debate político, configurando exposição indevida dos parlamentares e uso indevido da comunicação institucional.
Entenda o que são as sessões itinerantes e como elas podem beneficiar a comunidade
As sessões itinerantes foram propostas para aproximar o Legislativo da população, levando os vereadores diretamente aos bairros para ouvir as demandas da comunidade e encontrar soluções mais eficazes. Essa proposta, que visa fomentar o diálogo direto entre moradores e vereadores, foi amplamente defendida pelos próprios membros da base governista em sessões anteriores.
O líder do governo, Dionísio Pereira, afirmou em ocasiões anteriores que “quando o problema está na nossa porta, nós conhecemos muito melhor que qualquer outro que é responsável para ajudar a resolver aquele problema”. Já o vereador Hélio Carlos destacou as sessões como “uma ferramenta de participação popular”, enquanto Davi Andrade enfatizou que as sessões itinerantes: “facilitam para a população, permitindo que a demanda seja apresentada de uma vez só a todos os vereadores.”
No entanto, apesar dessas declarações, os mesmos vereadores da base, que anteriormente elogiaram a importância das sessões itinerantes, votaram contra a sua realização. A contradição entre as falas e as ações dos parlamentares gerou frustração nas comunidades que mais precisavam ser ouvidas, deixando claro o distanciamento entre as promessas e a prática política.
Imagem: G1
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