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VEREADOR LEANDRO MORAIS DENUNCIA QUE MORADOR DE RUA FOI MANTIDO NU EM CANIL DO CEMAPA

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Pouso Alegre, realizada na noite desta segunda-feira, 29 de abril, o vereador Leandro Morais (União Brasil) trouxe a público uma denúncia grave envolvendo a estrutura da Prefeitura destinada ao acolhimento da população em situação de rua.

Segundo o parlamentar, uma foto recebida de dois servidores da Secretaria Municipal de Políticas Sociais mostra um morador de rua completamente nu, trancado dentro de um canil no Cemapa — espaço utilizado para abrigar temporariamente pessoas em vulnerabilidade social.

O homem seria conhecido como Raul, e, de acordo com o relato dos servidores, ele teria sido agredido, evacuado na roupa e, em seguida, jogado no canil, onde foi lavado com uma mangueira e deixado nu no local. O canil, segundo o vereador, é utilizado para abrigar animais de estimação pertencentes a pessoas em situação de rua, mas foi indevidamente usado como cela para um ser humano.

Repercussão imediata
A denúncia foi apresentada enquanto a secretária de Políticas Sociais, Marcela Reis, respondia a questionamentos dos vereadores. O clima esquentou e houve bate-boca entre ela e Leandro Morais. A secretária não confirmou conhecimento dos fatos e afirmou que o parlamentar deveria ter levado o caso diretamente aos órgãos competentes.

Morais, por sua vez, declarou que tentou apurar internamente antes de expor publicamente, mas, diante da gravidade do que ouviu e viu, optou por revelar na sessão. Ele também garantiu que formalizará a denúncia ao Ministério Público e a órgãos de defesa dos direitos humanos, além de apresentar um pedido de abertura de CPI na Câmara para investigar a conduta da Secretaria.

Prefeitura nega ter informações
Em nota breve, a Prefeitura informou que não possui qualquer informação sobre o episódio relatado pelo vereador.

Enquanto isso, a denúncia repercute nas redes sociais e levanta um debate urgente sobre como o município trata sua população mais vulnerável. Se confirmadas as informações, o caso pode configurar uma grave violação de direitos humanos e abuso institucional.

O PA 360 seguirá acompanhando o desenrolar do caso.